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estórias e opiniões...

  • Foto do escritor: Nelson Henda Vieira Lopes
    Nelson Henda Vieira Lopes
  • 3 de abr. de 2020
  • 2 min de leitura

Pois… e isto é só uma opinião... eu acho que aquilo que às opiniões trazem é algo muito importante. Por mais estranho que possa parecer, eu acredito que façam parte da Verdade! Mas deixem-me explicar… a Verdade… bem, ela não é minha nem é tua, mas cada um de nós carrega um pedaço dela. Vamos chamar-lhes estórias, e prefiro o estórias a histórias porque gosto de sublinhar a diferença entre o relato dos factos acontecidos e o impacto dos acontecimentos vividos.

As estórias levam-me a esse lado de vivência, e de presença na pele do passar da História na minha história.

Assim, cada verdade que me dás, encaixa no que sou agora, na minha estória… e arrisca-se a provocar mudanças e paradoxos em mim.

Há aquele conto Zen, em que um mestre estuda o Budismo Zen durante 30 anos e declara que "Antes de um homem estudar Zen, para ele montanhas são montanhas e águas são águas; depois que ele obtém uma visão da verdade do Zen através da instrução de um bom mestre, montanhas para ele não são montanhas e águas não são águas; mas depois disso quando ele realmente alcança a morada do descanso, as montanhas são mais uma vez montanhas e as águas são as águas ".*

Assim são as verdades que partilhamos com os outros. Assim são as opiniões que emitimos… São estórias que oferecemos e como as montanhas podem ser vistas como meras opiniões, críticas a nós próprios onde nos vemos como vítimas da estória que o outro conta sobre nós…

… Ou podem ser vistas como expressão do outro, falando-nos a sua estória e não a nossa, o que vê ele, o que sente ele, como interpreta as coisas, e isso não tem nada a ver connosco…

… ou podemos vê-las como uma dança de gestos, ideias e conceitos, estórias que se entrelaçam umas com às outras e que juntas constroem um puzzle de verdades e Verdade. Assim são as verdades que partilhamos com os outros. São estórias que nos oferecemos.


*(D. T. Suzuki, Ensaios em Zen Budismo, Primeira Série, 1926, Londres; Nova York: Publicado para a Sociedade Budista, Londres, por Rider, p. 24.)


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